Cláudio Cordeiro
A campanha eleitoral como muitos já devem ter conhecimento está mais curta este ano, após a mini Reforma Política aprovada pelo Congresso Nacional. O prazo de 90 dias para lançar nossos respectivos representantes ao poder reduziu para apenas 45 dias. A famosa campanha boca a boca se tornará mais digital.
O período é bastante curto para apresentarem as propostas, mas nada impossível com o apoio das redes sociais. Para usar essas ferramentas tecnológicas que conecta milhares de pessoas ao mesmo tempo e em qualquer lugar do mundo, é preciso todo um trabalho profissional.
Não apenas postar, compartilhar, pedir curtidas e comentários. É necessário empenho e engajamento. Como costumo dizer, o pré-candidato precisa publicar relevância e de forma segmentada.
O período eleitoral só começa de fato no dia 16 de agosto e está permitido a realização de comícios, carreatas e distribuição de material gráfico. Mas, o trabalho de pré-campanha já começou e muitos estão perdendo tempo, pois não estão se intensificando no projeto eleitoral e defendendo suas causas e ideias. Como resgatar o tempo perdido? Utilizando as redes sociais. Os canais de comunicação como WhatsApp e as plataformas digitais do Instagram ou mesmo a do YouTube, FaceBook, entre outras.
De acordo com o artigo 36-A da Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997), não configuram propaganda eleitoral antecipada a menção a uma pretensa candidatura e a exaltação das qualidades pessoais dos pré-candidatos, desde que não haja pedido explícito de voto.
Em outras palavras é quando o pré-candidato pede o voto do eleitor. O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE) já recebeu oito denúncias neste ano sobre propaganda eleitoral antecipada. O número é menor que de 2014, quando foram registrados 17 denúncias.
A rede social hoje se tornou uma ferramenta de trabalho à entretenimento. Um canal democrático para troca de experiências e vivências de forma coletiva. O termo ‘rede social’ é justamente para atingir uma série de pessoas de determinado grupo. E trabalhando esse mecanismo na política é preciso conhecer também o seu público-alvo.
Essa é a vez da eleição na Internet. O trabalho tem que ser constante. Acampanha vende uma ideia, vende projeção do que o eleitor quer e espera para o país, para o seu estado e principalmente para a região, cidade que ele mora. Ele já convive com os problemas de serviços públicos e a política cada vez mais defasada. O eleitor quer ver soluções e o trabalho de casa feito.
Um trabalho de marketing eleitoral digital está além de apenas publicar, como já disse, não é isso, é trabalho de coleta de dados, de qualificação, de demonstrar o seu potencial e o que você [pré-candidato] pode contribuir com o desenvolvimento do estado e do país.
A proposta de utilizar as redes sociais em uma campanha política é de poder alcançar muito mais pessoas do que em meios tradicionais de comunicação (não menosprezando o papel importante da TV, rádio, jornal impresso), mas de fato, poder agregar valor ao discurso de maneira mais dinâmica e podendo utilizar todos os seus artifícios.
Cláudio Cordeiro é Publicitário/Marqueteiro/Advogado. Publicista do Festival Internacional de Propaganda-ALAP. Diretor da Gonçalves Cordeiro. Membro da ABCOP/FENAPRO/SINAPRO-MT.


Ainda não há comentários.
Veja mais:
PL 4588: o escudo legal do agronegócio
TJ manda plano de saúde pagar cirurgia urgente de criança
Como os Algoritmos Estão Lendo Seus Pensamentos?
Cooperativismo de crédito: um modelo que transforma comunidades
Tentativa de roubo de gado: PM prende três homens em flagrante
Governo de Mato Grosso avisa que expediente será normal na 6ª feira
Operação da PF desmantela tráfico de drogas em Mato Grosso
PM confirma prisão de mulher acusada de matar o marido
Em MT: Gaeco integra operação que derruba núcleo do PCC
Sonegação fiscal na mira: Operação integrada bloqueia R$ 35 mi